Expedición Boliviana
Chegou mais uma expedição
internacional. Como aqui já mencionado, segue a nova etapa da nossa incursão
pela Bolívia, país vizinho que abriga em seu grupo de aves a majestosa e
imponente Condor dos Andes (Vultur gryphus).
Os números desta viagem impressionam e até assustam. Foram cinco dias, mais de
mil quilômetros percorridos entre Puerto Suarez e La Paz. Conhecer o Gran chaco
e a parte dos Andes nos fascina, tantas montanhas, selvas e temperaturas que
variaram de + 35 a - 5 graus. Esta travessia representa apenas mais uma de
nossas aventuras atrás dos Cathartideos da América do Sul. Sem nenhum patrocínio,
e tendo que fazer parte do PUB, viagens
nos proporcionam imagens mágicas.
Lama glama
Bolivianas típicas
A Bolívia, antigo domínio
Inca, ainda sobrevive com a sua maioria indígena descendente deles. Foi fundada sob o nome de República
Bolívar em homenagem a seu libertador, Simón Bolívar. Seu território é habitado
há mais de 12 000 anos por várias culturas, principalmente nos Andes, a cultura
Tiwanaku e os reinos Aymaras posteriores à expansão Wari. Estes reinos foram,
por sua vez, anexados ao império Inca no século XIII. Juntamente com o vizinho Paraguai,
a Bolívia é um dos dois únicos países das Américas que não possuem saída para o
mar. O ocidente da Bolívia está situado na cordilheira dos Andes, com o pico
mais elevado, o Nevado Sajama, a chegar aos 6542 metros. O centro do país é
formado por um planalto, o Altiplano, onde vive a maioria dos
bolivianos. O leste do país é constituído por terras baixas e coberto pela
floresta úmida da Amazônia. O lago Titicaca situa-se na fronteira entre a
Bolívia e o Peru. As principais cidades visitadas nesta expidição foram a de La
Paz, Santa Cruz de la Sierra, Samaipata
e Cochabamba.
En la carretera
Deserto Andino
A região Oriente, a norte e leste, compreende três
quintos do território boliviano, é formada por baixas planícies de muitos rios
e grandes pântanos. No extremo sul, localiza-se o Chaco boliviano, pantanoso na
estação chuvosa e semi-desértico nos meses de seca.
Parque Nacional de Otuquis Gran Chaco
Pretendíamos concluir o percurso
completo dentro do nosso objetivo. A mítica viagem tem pântanos, casebres,
cidades, vilarejos...ruínas históricas e muito do desconhecido Quíchua. O inesperado calor e ventania não foi
surpresa. Surpreendeu sim a falta de animais. Poucos mamíferos foram
vistos...répteis quase nenhum. Nem na grande planície e nem nas altitudes vimos
muita coisa. Aves como o Tucano (Ramphastos
toco), a Ema (Rhea americana), o
Ariramba (Galbula ruficauda), o
Gavião carijó (Rupornis magnirostris),
o Gavião caboclo (Buteogallus
meridionallis) foram os mais comuns. Já a choca da Bolivia (Thamnophilus sticturus), o Flamingo (Phoenicopterus andinus), a Maritaca de
cabeça azul (Pionus menstruus), o Gavião
de rabo barrado (Buteo albonotatus) e
o Negrito (Carduelis atrata) foram os
mais incomuns a nós nesta expedição. Mas
nada se comparou ao majestoso Condor, foi o único exemplar e o mais difícil de
observar. Nem fotografia conseguimos fazer devido a grande distância que se
encontrava de nós.
Buteogallus meridionalis e os Guira guira
Phoenicopterus andinus (Foto: DPBrasil)
Cathartes aura
Como toda viajem, ela tem o
seu triste fim. Mas nem de tristeza elas sempre são. Ao retornarmos, logo na
chegada a Corumbá, já no Brasil, próximo ao Parque Marina Gattos, observamos um
exemplar do raro e lindo Urubu rei (Sarcoramphus papa) que fechou nossa
expedição indescritivelmente bem. Planava alto como prezaram os dois maiores
urubus da America do Sul nesta viagem.
Cidade de Tiahuanaco
Fonte: Google / Wiki Aves/ Wikipedia / Govierno de Bolívia
Agredecimentos: José Gonzales / Daniele Amorim / Guarda Nacional de Bolivia / Digitas Photographer Brazil
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