6 de ago. de 2012

Exploração dos Recursos Marinhos por Abutres

Exploitation of Marine Resources by Vultures
La explotación de los recursos marinos por los buitres

Os urubus sul americanos não se limitam somente a alimentos terrestres, em regiões costeiras, se alimentam extensivamente da vida marinha. A carniça de animais marinhos é especialmente importante para os urubus do gênero Cathartes e Coragyps, que são amplamente distribuídos em regiões litorâneas como os manguezais e restingas. Nessas áreas, os mamíferos que ali residem são menores e os grandes mamíferos são menos abundantes onde o mar supre essa produção de alimentos para estes abutres do que a terra. Podem se alimentar extensivamente da carniça de animais marinhos trazida pelas ondas. Os alimentos registrados em sua dieta incluem as carcaças de baleias e golfinhos, leões-marinhos, lobos-marinhos-sulamericanos, pinguins de Magalhães, tartarugas-verdes e peixes. Durante o inverno na Região dos Lagos, litoral norte do Rio de Janeiro, quando ocorrem uma alta incidência e mortalidade dos vertebrados marinhos, os urubus geralmente se beneficiam do suprimento alimentar que lhes é fornecido pelas correntes marinhas oriundas do polo antártico. Quando as correntes da ressurgencia depositam as carcaças nas praias de Arraial do Cabo e Cabo frio eles são os primeiros a chegar.



Não se sabe se os Urubus rei (Sarcoramphus papa) também podem se alimentar de animais marinhos mortos. Porém não é uma espécie comum as zonas costeiras, estando presente em áreas montanhosas e cerrados do centro sul do continente. Nesta época é muito comum encontrar urubus se alimentando de carcaças nas praias, porém nenhum rei foi observado ainda.


Os Urubus de cabeça preta (Coragyps atratus) voam para ilhas em alto mar para atacar os ovos e filhotes de pássaros marinhos em colônias. Também usam estas ilhas para o pernoite e suspeita-se também que possam nidificar por esses ambientes, dado ainda não registrado pela equipe. Por exemplo, quando o biólogo do PUB visitou a Ilha das Cagárras na costa da cidade do Rio de Janeiro, observou urubus de cabeça vermelha e urubus de cabeça preta sobrevoando o local que fica a alguns quilômetros da costa. Lá também puderam ser observados biguás, trinta réis, gaivotas, atobás pardos e bem te vis. Nas praias da região dos lagos, urubus e gaivotas (Larus dominicanus) disputam efetivamente as carcaças que encalham.



Fonte: ICMBio / IEFRA

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