Investigación PUB con el zopilote rey, en Minas Gerais
Desde 2007 vem sendo acompanhado um grupo de urubus rei (Sarcoramphus papa) na região sul de Minas Gerais, bem na divisa com o Estado de São Paulo a 60 km do centro de Franca-SP. Foram identificados vários animais em uma só perspectiva em sobrevoo em todas as incursões. Também foi possivel identificar a presença de indivíduos juvenis (com menos de 6 meses de idade), ovos e fêmeas com filhotes em um costão rochoso. Quem identificou o local foi o Ambientalista Douglas Fernando, que guia observadores e pesquisadores de fauna na região. A partir daí, foi possível, pela quantidade de animais, caracterizar o trecho como um ninhal. Expedições foram feitas para encontrar indivíduos isolados ou em grupo pela região em um raio de aproximadamente 10 km². Assim foi possivel conhecer um pouco mais sobre o comportamento alimentar e o seu deslocamento dentro deste trecho percorrido. Circulam bem alto na corrente de ar até encontrar o seu alimento que consiste de carne em putrefação. Em duas ocasiões observamos urubus rei alimentando-se. A primeira foi de um animal silvestre identificado como um Didelphis sp. Mas como a carcaça já estava muito seca, ele, um único indivíduo, alçou voo. Na outra foi possivel ver a presença de 6 indivíduos. Quatro estavam empuleirados em uma árvore próxima, outro em voo e o último por sobre a carcaça de um bovino que era criado por pecuaristas. Este fazia jus ao seu título de rei, pois estava cercado por alguns urubus de cabeça preta (Coragyps atratus), como pode ser observado na imagem em anexo.
Sarcoramphus papa fotografado por Douglas
Urubu e os suditos, por Leandro Borges
Apesar de toda beleza e suavidade de sua titularidade, o urubu rei está vulnerável a extinção. Ainda hoje é capturado pelo tráfico de animais silvestres por sua beleza. Porém não é o tráfico que pode acabar com esta espécie, mas sim a destruíção de seu habitat. Na região em questão, ve-se claramente que o desmatamento para dar lugar à pecuária e a agricultura, mesmo sendo uma região tão próxima ao Parque Nacional da Serra da Canastra.
A partir dai, temos como objetivo dismestificar o urubu como ave agourenta promovendo a Educação Ambiental e pesquisas científicas por toda a localidade.
Os pesquisadores Cadu Amorim e Douglas Fernando.
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